
Senta. E pensa.
Às vezes é preciso parar para pensar. Parar e sentarmo-nos num qualquer canto recôndito do nosso pensamento. Sentarmo-nos a pensar, mesmo ali no meio do caos do nosso coração.
Parar. Sentar. E pensar.
Parar de correr atrás de quem não se move um passo na nossa direcção. Parar de achar que amanhã pode mudar. Parar de tentar encontrar explicações para o que, provavelmente, nunca fez sentido. Parar de querer quem não nos quer por inteiro, na plenitude e como somos. Parar.
Sentar só à espera de algo que, afinal, não vem, enquanto analisamos o nada do dia. Sentar sozinho porque o colo de que precisamos sempre não nos necessita da mesma forma. Sentar no vazio do silêncio, quando nos apetecia partilhar a mesma música. Sentar.
Pensar que o outro amanhã pode mudar de atitude. Pensar que, afinal, ninguém muda. Pensar que também precisamos de algo em troca. Que merecemos a reciprocidade. Pensar que estamos sozinhos. Pensar que queremos mais. E melhor. Pensar.
Parar. Sentar. E pensar.
E recomeçar.
Rita Leston. E Então?